Vejo a cobertura que nossa “imprensa” faz da Copa do Mundo e a pergunta que insiste em não silenciar é: por que não levaram ao menos um jornalista que dignificasse a profissão.
Há por ali um amontoado de torcedores, uma turba ignara que vive a repetir o surrado mantra:
- Foi o nervosismo da estreia. Por isso não nos saímos bem.
Pois é, “não nos saímos bem” é frase carregada de eufemismo. Na realidade ela significa:
- Jogamos um futebolzinho de merda. Sabíamos todos que seria assim. O que esperar de um time com tantos volantes, sem meia e sem talento? No entanto, somos pagos pra dizer que o rei não está nu.
A outra desculpa que muito se faz ouvir é:
- Todos os coreanos ficaram atrás da linha da bola.
É verdade. Todos sabiam que seria assim. Frise-se, no mesmo passo, que podem ser contados nos dedos de uma só mão, as seleções que cometem a ousadia de jogar de “igual pra igual” com a seleção brasileira. Sempre foi assim. Pode ser, contudo, que acaso venhamos a insistir no “conceito de futebol Dungueano” esse respeito se esvaia. Pode ser.
- Contra a Costa do Marfim as coisas serão diferentes. Eles sairão pro jogo.
Por que isso ocorreria? Muitos (e eu me incluo) apostam no empate triplo entre Brasil, Costa do Marfim e Portugal. Todos sabem também que nos confrontos contra a Coreia do Norte será formado o saldo de gols que definirá a classificação. O mais razoável, portanto, é que seja o time do Dunga aquele a sair pro jogo(fez o saldo mínimo), a expor-se. Ou não?
Penso tudo isso, mas também confesso que me divirto à vera assistindo à incessante produção de versões para o fiasco do time do Dunga. Dizem que nos estúdios da Globo está terminantemente proibido o ingresso de crianças. Elas são dadas a dizer verdades, algo totalmente inaceitável naqueles domínios.
Tadeu dos Santos
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