quarta-feira, 16 de junho de 2010

"Nação" dialético



"Nação Maior" é mesmo rico pelas nossas características distintas. Uma diversidade necessária, que se manifesta claramente no ponto-de-vista político. 28, assim como eu, não acreditamos na democracia representativa, na liberdade de expressão que só existe pros donos dos meios de comunicação, liberdade para a imprensa privada, como qualquer outro negócio. Em poucas palavras: 28 e eu somos favoráveis ao Chavez. O que não faz a menor diferença. Disse e repito: aqui não há editor. Tadeu dos Santos publica o que mandar, conforme o texto que me mandou a seguir, devidamente acompanhado da charge de Fellipe Elias, www.felldesign.wordpress.com


Caudilhos

Por Tadeu dos Santos


Lamentavelmente não são de pequena monta as semelhanças existentes entre Dunga e Chávez. A mais gritante e mais facilmente observável nesses últimos momentos reside na ojeriza que ambos parecem sentir em relação à imprensa. Gostam de um mandonismo, da obediência cega e do elogio fácil. Características encontradiças nos caudilhos que por essas plagas vicejam.

Penso que toda a motivação apresentada pelo insano Dunga também é inteiramente servível a Chávez. E ele diria:

- Olhem, temos planos e alguns são de uma grandiosidade inimaginável. Estamos destinados à grandeza, somos uma nação vitoriosa. Urge que sejam rompidos os grilhões que nos atrelam à essa pobreza histórica. Para a consecução de nossos ideais, faz-se necessária a unanimidade. Assim é que os grilhões serão convolados em mordaças e estas serão lançadas a enorme boca da imprensa. Dar-se-á então o esperado consenso e seguiremos, impolutos e incólumes. A grandeza, vês? Está na esquina que se avizinha.

Dunga comunga desse “ideário”. Tudo (até mesmo o silêncio imposto à imprensa) é justificável quando o que se busca é a conquista da Copa. As entrevistas lacônicas e os treinos fechados podem ou não conduzir à decantada vitória. A única certeza que se tem até o presente momento é que esta é uma seleção casada com o técnico e divorciada do povo. A seleção nos é estranha porque tem um “padrão” que fere nossas mais caras tradições, mas também porque dela nada sabemos.

Por toda a América Latina os generais torturadores foram entregues à justiça. Os “nossos” estão livres, leves e soltos e vão à TV conceder entrevistas para explicar os métodos que utilizavam. Nossa “tradição democrática” é tão extensa e profunda quanto a compreensão que Dunga tem acerca de Futebol.

Dunga é, incontestavelmente, um caudilho totalitário. O mais chocante, porém, é o silêncio aquiescente de poderosos setores da “nossa” imprensa. À conta de alguém, claro, haverá de ser lançado o ônus decorrente de tanta omissão. A vítima do último mundial foi Roberto Carlos e seu meião. Há uma vaga de bode expiatório a ser preenchida. Quem se candidata?

Um comentário:

  1. Bem Chavez está "sentado" na herança bolivariana, um ponto a favor, em partes. Dunga está "abraçado" a herança de um certo Lazaronni...nada a acrescentar nesse ponto.

    Chavez manda prender, soltar e fechar. Dunga só manda naquele mundinho dele, e muito mal por sinal.

    Chavez gosta do elogio fácil,porém sabe de quem arrancar esses elogios, e gosta de ver também não está tão isolado. Já Dunga...não quer agradar nem gregos, nem troianos e ainda assim quer ser aplaudido.

    Nunca vi o bucha do Hugo Chavez na tv, mas o do Dunga acho que dorme até do lado. Aquele aprendiz de Macedo de merda.

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