O senso de humor dá perspectiva.
E o que há de ridículo nessa briga entre Dunga e a Globo é a minimização do Poder. Não são irrelevantes os aspectos que revela do poder da indústria cultural.
A disputa aponta no futebol o produto mais expressivo do desenvolvimento dessa atividade econômica.
A partir dos anos 90, marcadamente, o futebol deixa de ter problemas apenas conjunturais (a manipulação política, entre outros) e passa a ser estruturalmente tranformado, de um ramo da cultura popular para um produto da indústria cultural. Passa, portanto, a ser regido por todas as categorias econômicas relevantes ( mecanismo de preços, mais-valia, produtividade, etc).
À função esportiva, meramente lúdica, incorporou-se a atividade econômica que, por ser das mais lucrativas, a ele se impôs e praticamente a substituiu.
Aparentemente ingênuas, voltadas ao "trabalho social", as escolinhas de futebol são fábricas de mercadorias, com ritmos e disciplinas que nada têm de educativo. O objetivo é como o de qualquer outro negócio e a função é revelar jogadores-mercadorias para o mercado interno (quando se trata de escolinhas e clubes pequenos ou do interior, sempre nas mãos dos agenciadores) ou externo (caso dos grandes clubes e agenciadores credenciados pela Fifa).
Fernand Braudel, os seus tempos históricos distintos (acontecimento, conjuntura, estrutura), explica melhor o futebol do que toda a produção do jornalismo esportivo amontoado em engradados.
E os da Globo, naquele indigência mental de um ufanismo plastificado de "xou da xuxa", não é um erro nem necessita de ajuste: é a estratégia de não despertar a crítica, mantê-la afastada de uma "atividade menor", que só não é menor na escala de lucros da engrenagem nova da estética do espetáculo.
Tadeu Shimidt, não se iludem, é muito mais útil do que se imagina.
E o que há de ridículo nessa briga entre Dunga e a Globo é a minimização do Poder. Não são irrelevantes os aspectos que revela do poder da indústria cultural.
A disputa aponta no futebol o produto mais expressivo do desenvolvimento dessa atividade econômica.
A partir dos anos 90, marcadamente, o futebol deixa de ter problemas apenas conjunturais (a manipulação política, entre outros) e passa a ser estruturalmente tranformado, de um ramo da cultura popular para um produto da indústria cultural. Passa, portanto, a ser regido por todas as categorias econômicas relevantes ( mecanismo de preços, mais-valia, produtividade, etc).
À função esportiva, meramente lúdica, incorporou-se a atividade econômica que, por ser das mais lucrativas, a ele se impôs e praticamente a substituiu.
Aparentemente ingênuas, voltadas ao "trabalho social", as escolinhas de futebol são fábricas de mercadorias, com ritmos e disciplinas que nada têm de educativo. O objetivo é como o de qualquer outro negócio e a função é revelar jogadores-mercadorias para o mercado interno (quando se trata de escolinhas e clubes pequenos ou do interior, sempre nas mãos dos agenciadores) ou externo (caso dos grandes clubes e agenciadores credenciados pela Fifa).
Fernand Braudel, os seus tempos históricos distintos (acontecimento, conjuntura, estrutura), explica melhor o futebol do que toda a produção do jornalismo esportivo amontoado em engradados.
E os da Globo, naquele indigência mental de um ufanismo plastificado de "xou da xuxa", não é um erro nem necessita de ajuste: é a estratégia de não despertar a crítica, mantê-la afastada de uma "atividade menor", que só não é menor na escala de lucros da engrenagem nova da estética do espetáculo.
Tadeu Shimidt, não se iludem, é muito mais útil do que se imagina.
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