sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago sem branco


Branca é a cor da cegueira coletiva que acomete o romance. O ensaio é branco porque europeu. Portugal socializou o Atlântico e ampliou a Europa. Séculos adiante a ditadura salazar, como toda a ditadura, pagadora de promessas à conta do povo, ao encaminhamento da massa portuguesa de novo rumo ao Atlântico. A economia salazarista funcionava exportando português pobre.

O fascismo é branco.

Dos Açores, Angra do Heroísmo, às 9.

Do Maracanã, o ilhéu açougueiro, sem clube, mas que se vê Rubro-Negro.

Os olhos do moleque sempre estiveram abertos do alto daquele ombro açoriano na catadupa de cores da qual o branco é insípido:

É a chuva daquele domingo de 10 anos.

Saramago viveu sabendo que a cegueira é branca.

O açoriano deixou que o moleque percebesse que a vida é Rubro-Negra.

Saudações Rubro-Negras Saramago.

3 comentários:

  1. Hoje a arte de pensar ganhou mais um maldito espaço em branco...

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  2. Engraçados foram os comentários das pseudo-celebridades sobre a morte desse mestre

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  3. Mesmo quem não estava lá, assistindo aos jogos do mengão nos ombros daquele português, consegue sentir a vibração e até ouvir os sons daquele imenso estádio,ao ler esta bela postagem.Sou suspeita a dizer pois sou sua fã mas digo mesmo
    assim:-PERFEITO! SAUDAÇÕES RUBRO-NEGRAS MÁXIMO
    descanse em paz Saramago!

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