terça-feira, 29 de junho de 2010

Na roça de capiau

O problema do jornalismo é a falta de referencial teórico.

Opera no senso comum, em que a realidade até chega a desconhecer a diacronia (não sabe como as coisas se processaram no tempo, a fim de ser o que são).

Certo, há uma argúcia empírica, o jornalista, esperto, sabe o que, de fato, conta, onde está, efetivamente, o exercício do poder.

E o abismo horizontal de ver a árvore o leva a empenhar-se no combate exclusivo ao uso do machado.

O futebol é uma maravilha não só porque há o Flamengo: é também excelente campo de observação.

O jornalismo esportivo, então, esse o engradado por excelência.

Os mais divertidos são os "independentes":

Não diferem do Milton Neves nem na roça de capiau.

Lembram-me os aporrinholas do sertanejo, vestidos de Armani. Por dentro, são a descrição exata do que disse, em Moderna I, lá na UERJ, o professor Oswaldo Munteal:

"No interior de São paulo - desculpem-me a redundância."

Só pra lembrar:

"Liberdade completa ninguém desfruta. Começamos oprimidos pela sintaxe e terminamos ás voltas com a delegacia de ordem política."
Graciliano Ramos, em Memórias do Cárcere.

Um comentário:

  1. Máximo é impressionante a forma como você, através de exemplos tão simples, porém cabais, disserta sobre questões e teorias, cuja relação é mais estreita do que podemos imaginar.

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