Por tadeu dos Santos
Na condição de habitantes da periferia bem sabemos do que é capaz o capitalismo. O equivoco consiste em achar que o capitalismo é algo que se situa para além do homem. Sua formulação teórica e aplicabilidade práticas decorrem do mais puro "gênio humano". Sua capacidade de arregimentar capatazes parece infinita. Outros tantos, como por exemplo os trabalhadores chineses que se entregam ao suicídio, são apenas destinatários de suas injunções. A questão premente a ser resolvida é: Júlio Cesar, Kaká, Luiz Fabiano e outros são capatezes ou vítimas no debate Nike x Adidas duas gigantes do capitalismo? É moralmente aceitável que a seleção brasileira seja instrumentalizada nessa questão?
Do alto de minha diminuta compreensão do tema fica apenas o lamento. Desprezível que pessoas que já amealharam o suficiente se prestem a trabalhos tão sujos. Há numa revista semanal brasileira de grande circulação uma miríade de jornalistas que se presta a rezar por uma mesma cartilha. A cobertura da Copa pela Globo permite aos mais atentos verificar que também há por ali uma cartilha religiosamente obedecida. A conclusão que se impõe é que o trabalho desses veículos pode receber diversos designativos, exceto, claro, jornalismo.
No mais, se o assunto é bola, os jogadores brasileiros são os menos indicados a dar pitacos.
Na condição de habitantes da periferia bem sabemos do que é capaz o capitalismo. O equivoco consiste em achar que o capitalismo é algo que se situa para além do homem. Sua formulação teórica e aplicabilidade práticas decorrem do mais puro "gênio humano". Sua capacidade de arregimentar capatazes parece infinita. Outros tantos, como por exemplo os trabalhadores chineses que se entregam ao suicídio, são apenas destinatários de suas injunções. A questão premente a ser resolvida é: Júlio Cesar, Kaká, Luiz Fabiano e outros são capatezes ou vítimas no debate Nike x Adidas duas gigantes do capitalismo? É moralmente aceitável que a seleção brasileira seja instrumentalizada nessa questão?
Do alto de minha diminuta compreensão do tema fica apenas o lamento. Desprezível que pessoas que já amealharam o suficiente se prestem a trabalhos tão sujos. Há numa revista semanal brasileira de grande circulação uma miríade de jornalistas que se presta a rezar por uma mesma cartilha. A cobertura da Copa pela Globo permite aos mais atentos verificar que também há por ali uma cartilha religiosamente obedecida. A conclusão que se impõe é que o trabalho desses veículos pode receber diversos designativos, exceto, claro, jornalismo.
No mais, se o assunto é bola, os jogadores brasileiros são os menos indicados a dar pitacos.
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