sábado, 8 de maio de 2010

Anti-Liechtenstein


Escuto que a Patrícia acertou tudo com Rogério, que passará a ser o técnico.

Cada vez mais me convenço das peculiaridades da nossa República.

Tal como o Brasil, cujo tamanho exige um mercado interno forte, somos 40 milhões em cujo seio esteve, está e estará sempre as nossas próprias soluções.

Não podemos nos arriscar ao subdesenvolvimento, de que já vimos do quanto nos custou há dois anos, com entregadores de camisa gente boa ou, quase recente, "chicago boys" de morumbis pós-graduados em bambidagem.

Somos uma força social que não contempla nem a fuleiragem tampouco o deslumbramento.

Assim, a efetivação de Rogério, mais do que tradição, insere-se na cultura Rubro-Negra que se eterniza, atualizada com novos elementos dentro das circunstâncias do nosso tempo que acaba de nos levar ao Hexa.

Rogério, assim como o Monstro Andrade, é fruto da versão nada positivista que caracteriza o lema da outra República aqui vizinha, fronteiriça. "Ordem e progresso"?

Preferimos "Craque o Flamengo faz em Casa".

Rogério não feito apenas para ter sido o que foi em campo mas, para, tal como o Monstro Andrade, empreender viagem semelhante, este ao Hexa, aquele ao Bi da Libertadores.

Um governante Rubro-Negro não se sustenta apenas no seu voluntarismo. Indispensável a base, pelo menos significativa, na força material de todos os que integramos esses 40 milhões da República Federativa do Flamengo.

Patrícia parece que devagar compreende onde está.

Sabe que o Flamengo não é
Liechtenstein de Leites e Rabelos.

SRN

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