O aviso continua lá, no mesmo lugar, dentro do ônibus.
E, na manhã desse domingo, o 433 vazio, o churrasco na laje preferível ao frio da praia.
Abro a janelinha e boto o cotovelo pra fora: ajuda a pensar melhor.
O futebol é como estar no 433. O Rio que vejo pelo vidro se movimenta rápido, alterna bons e pavorosos lances. Quando ilude que pode ser registrado, é apenas mais um instante do jogo de luz que só existe aqui e que filtra o carioca, proporcionado pelo ônibus parado no sinal fechado.
O edifíco abandonado da Manchete, no Russel, feito por Niemeyer (a outra face, junto com Zico, da moeda de nossa Nação Maior) é uma opinião válida, que considero rápido pra não perder o raciocínio.
Somos capazes de desperdiçar o que é carência nos outros.
E não se trata de concluir pelo óbvio.
Sem chance de julgar o que tem de ser encarado como, de fato, é: a realidade é sempre uma necessidade que se impõe. Alterá-la, por isso, não depende de vontade, de mero voluntarismo, mas, de condições objetivas, materiais.
É abrir os olhos - esforço difícil diante de tanta beleza, das montanhas que Le Corbusier dizia ter Niemeyer nos próprios olhos, a sinuosa desenhada pela curva que só parece conhecer a negra que me passa embaixo da janelinha.
É investigar na história as razões que a tornaram necessária.
Parece coisa de adicto:
A latência para o óbvio. E o futebol é um campo de prova. O problema no futebol tem sempre o apelo para o encaminhamento de uma solução de força.
Agora, em relação ao Flamengo, enlatados, engradados e os da rua Alice de sempre, só dizem o seguinte:
A Patrícia tem que dar um murro na mesa, enquadrar e punir todos na Gávea, do goleiro ao ponta-esquerda, passando pelo motorista e pelo roupeiro.
Não me levem a mal, mas tenho de saltar. Ponto final.
SRN
E, na manhã desse domingo, o 433 vazio, o churrasco na laje preferível ao frio da praia.
Abro a janelinha e boto o cotovelo pra fora: ajuda a pensar melhor.
O futebol é como estar no 433. O Rio que vejo pelo vidro se movimenta rápido, alterna bons e pavorosos lances. Quando ilude que pode ser registrado, é apenas mais um instante do jogo de luz que só existe aqui e que filtra o carioca, proporcionado pelo ônibus parado no sinal fechado.
O edifíco abandonado da Manchete, no Russel, feito por Niemeyer (a outra face, junto com Zico, da moeda de nossa Nação Maior) é uma opinião válida, que considero rápido pra não perder o raciocínio.
Somos capazes de desperdiçar o que é carência nos outros.
E não se trata de concluir pelo óbvio.
Sem chance de julgar o que tem de ser encarado como, de fato, é: a realidade é sempre uma necessidade que se impõe. Alterá-la, por isso, não depende de vontade, de mero voluntarismo, mas, de condições objetivas, materiais.
É abrir os olhos - esforço difícil diante de tanta beleza, das montanhas que Le Corbusier dizia ter Niemeyer nos próprios olhos, a sinuosa desenhada pela curva que só parece conhecer a negra que me passa embaixo da janelinha.
É investigar na história as razões que a tornaram necessária.
Parece coisa de adicto:
A latência para o óbvio. E o futebol é um campo de prova. O problema no futebol tem sempre o apelo para o encaminhamento de uma solução de força.
Agora, em relação ao Flamengo, enlatados, engradados e os da rua Alice de sempre, só dizem o seguinte:
A Patrícia tem que dar um murro na mesa, enquadrar e punir todos na Gávea, do goleiro ao ponta-esquerda, passando pelo motorista e pelo roupeiro.
Não me levem a mal, mas tenho de saltar. Ponto final.
SRN
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