quarta-feira, 12 de maio de 2010

A Um Passo da Fronteira

Perdemos feio, na comprovação da falta que nos faz o segredo do sucesso do Andrade no ano passado. O Hexa veio da estabilidade que o Aírton conferia a uma zaga temerária. É o que explica Rômulo, o Aírton de que o Rogério sabia necessário.

No jogo de agora há pouco, a exposição da defesa, entregue as suas próprias mazelas, ficou ainda pior com a péssima atuação de Rômulo que se complicava em lances simples. E não se diga que nenhuma culpa lhe cabe. Apenas a constatação da insuficiência de um garoto esforçado.

Insuportável, entretanto, ouvir o Bruno. Suas "análises" parecem vindas ali da praia vermelha, feitas no intervalo da troca de turno dos psiquiatras. O cara não se reconhece parte dos erros. O Sep Mayer que vê no espelho atrapalha o Valdir Peres toda vez que entra em campo.


Não há nenhuma surpresa não fosse a taxa de risco inflada pelo nosso problema maior e que já não nos pode cegar obscurecendo o cadáver que temos sido obrigado a carregar. Um meio de campo morto, só de espíritos, muito semelhantes aos que habitam a mesa branca digital do Lar do Prado. É certo que o Willians em seu esforço materialista tropeça tanto em chuteiras virtuais quanto nas que lhe são expostas pelo adversário, mas, ao menos, é quem consegue dar vida a um espaço do campo vital que hoje os chilenos usavam praticamente sem obstáculos ao contra-ataque.


E o Adriano?


Fez o que tinha de fazer. Embora muito superior ao Vagner Love, é o tal negócio daquela fronteira a um passo para se tornar um Monstro. Fez um gol, cabeceou outras vezes, praticamente o jogo todo na percepção de que o caminho era esse. Uma delas chegou a bater no travessão. Mas o passo decisivo não foi dado.


Conseguiremos lá no Chile?


SRN


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