Daqui há pouco estamos em campo. E, ao Adriano, ao contrário do que ando lendo, ter ficado livre daqueles engradados do tempo foi o que melhor lhe poderia ocorrer. O futebol é o ramo da cultura popular objeto de quase folclore e permeável às grandes contradições nacionais. Para não irmos muito longe, "ame-o ou deixe-o", no ufanismo da ditadura sob a motivação do tricampeonato no México. Em escala bem menor, no plano do voluntarismo ridículo, a "amarelinha" do Zagallo. Quando tudo não passava de idiossincrasia do Velho Lobo, de resto, sincero e até ingênuo, vem agora o anacronismo interesseiro, mercadoria ordinária da superestrutura que nos ensina Walter Benjamin em "A Obra de Arte na Época de suas Técnicas de reprodução". Dunga e Jorginho de Macedo não viveram a escravidão nem precisavam. São a expressão acabada e tardia do capataz arranjado pra sujar as mãos.
À diferença de 70, em vez de Pelé, Tostão e Rivellino, Felipe Mello, Doni e Grafite.
Grafite, decerto, encontramos na papelaria.
E Adriano, na República federativa Rubro-Negra.
SRN
À diferença de 70, em vez de Pelé, Tostão e Rivellino, Felipe Mello, Doni e Grafite.
Grafite, decerto, encontramos na papelaria.
E Adriano, na República federativa Rubro-Negra.
SRN
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